Chegamos de volta com a turma e ficamos lá, aguardando o show começar. Como estou voltando ao normal, quero beber mais, pois estava gostando da experiência. Rose me repreende novamente e deixo quieto. Alguns minutos se passam e bebida começa a querer sair. Mas como eu vou sair daqui com esse mundaréu de gente e ainda andando torto?... Mas não vou me agüentar até o final do show... Tá, vamos lá. Muito gentilmente e com um sorriso que não saia do rosto, aos trancos e barrancos vou andando e pedindo licença ao pessoal. TUF! [barulhinho de algo saindo "cuspido" de um lugar apertado]. Desemboco no lado direito, que está vazio. Agora tenho apenas eu para me segurar. Com a ajuda dos pilares, chego ao banheiro. É grande a vontade de parar ali dentro da cabine, sentar e rir, mas tudo aquilo fede demais! Saio e, como se todo o álcool fosse expluso do meu corpo junto com a "aliviada", novamente estou sóbrio. Após uns 10 minutos me espremendo em meio ao pessoal, consigo chegar à minha galerinha.
O show começa. Rose não consegue ver nada, como em quase todos os shows que vai. Então, depois de um tempo, saímos ali da frente e vamos para o fundo, aonde apenas a Fernanda e nós não estávamos ainda. Com muito espaço, podemos dançar bastante. É o que fizemos. E como dançamos. Booom... O show termina. Vamos comer um cachorro-quente. Rose come dois. O pai da Fernanda já está vindo nos buscar e a Rose sugere que vamos embora. Beleza, nos levantamos e começamos a sair. Cerca de 10 segundos depois, uma discussão que rolava perto de nossa mesa se torna uma briga, que sobraria para mim, já que estava no lado dos caras. Dio Santo, sou um chamariz de desavenças. Vamos embora, embarcamos no carro massa da Fernanda e voltamos. Chegamos em casa, tomamos banho e acertamos as contas da noite. Rezamos [nós três desta vez] o Santo Anjo e vamos dormir.
Tenho dificuldades para pegar no sono. Quando consigo, acordo em poucos minutos. A Rose também não está conseguindo dormir. Segundo ela, uma lua [que não vi] pega na cara dela. Quero conversar com ela. Mas não, não... Ela teria que acordar mais cedo do que eu na madrugada seguinte. Beleza. A partir da meia-noite, já mais sossegado, os intervalos de sono duravam aproximadamente uma hora. Meia-noite, 1 e 15, 2 horas, 3 e 15, 4 e 20. Opa, 4 e 20. A Rose acorda e eu não quero mais dormir, já que ela também não iria mais, pois logo teria que se levantar para trabalhar. Agora conversamos um pouco. A Tina se levanta. Rose e eu também. Enqüanto elas se arrumam, levanto meu colchão e adianto a arrumação da minha mochila. Coloco o cadarço em um dos tênis da Rose. Depois ela teve que recolocá-lo, pois deixei todo errado. Tá... Elas vão embora e fico sozinho num lugar "de estranhos". Eu sempre estive lá com as duas e, agora, apenas o Seu Mário e a Dona Célia estão na casa.
Às 6 e 15, me levanto [não "me acordo", pois sequer dormir]. Termino de arrumar a mochila, escovo os dentes, tento "desdesarrumar" o cabelo e dou bom dia para a Dona Célia [sim bambinas, bom dia]. Comento com ela que logo vou ter que pagar hospedagem aqui né... Enqüanto tomamos café, ela fala sobre bebidas. A bebida faz mal... é perigosa... faz a gente perder o medo de fazer as coisas... deixa a gente corajoso... e etc... Apenas concordando, seguro o riso. 6 e 40. Hora de ir embora. Dona Célia me acompanha até a rua. Agradeço por me suportar mais um final de semana lá e me despeço dela, que me convida para voltar outro dia. Valeu Dona Célia! Andando pela na BR, falo comigo mesmo: Deus, onde fui parar? São 7 horas da manhã de SEGUNDA, tenho que trabalhar às 8 horas e estou AQUI EM RODEIO! Caraca, que... maaaassa! Faz muuuito frio e no ponto de ônibus está dormindo um mendigo. Ele estava ali desde a manhã do domingo. 6 e 55, o Presidente [seeempre ele] chega. É, dá tempo. A Fernanda [que iria para a FURB] também deveria estar no ônibus, mas não encontro ela. OK. Sento no último banco e tento relaxar. Uma horinha para descansar. O ônibus pára a cada minuto e começo a pensar que ele não chegará a tempo em Blumenau. Às 7 e meia, ligo para o trabalho para avisar que talvez me atrasaria. Logo depois, a mãe me liga. As mesmas perguntas e orientações de sempre: Tudo bem? Dormiu cedo? Coma bastante. Se cuide. E as mesmas respostas de sempre: Sim. Sim. Sim. Sim. Já passa das 8 horas quando chegamos a Blumenau. Para piorar, o trânsito está um inferno, como sempre. Às 8 e 30 desembarco em frente ao Shopping Neumarkt. Quase correndo, atravesso a Sete de Setembro, passo pelo Teatro Carlos Gomes, atravesso à Rua XV e entro no prédio.
Pronto. Uma nova semana começa. Se bem que a outra sequer teve um final.
Não sei o que irá acontecer amanhã. E isso É MUITO BOM!